segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

LENÇOS UMEDECIDOS

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Ao caminhar sente o peso dos olhares em suas contas.
Ah! Mas aqueles olhares...
O que são aqueles olhares?
Nada mais que entretenimento gratuito da suposição de caráter.
Utiliza-se como panos umedecidos, desobstruem os poros da face fazendo nascer o sorriso límpido e joga-o fora.

Continuemos fazer valer a obstinação do dedo gangrenado para que tenhamos do que reclamar. Olá! Eu não me excluo disso. Mas estou do outro lado da moeda, aquele com cara de paisagem olhando o desdém.

Observo e é tão claro quanto um albino, não está dando certo, nem o seu problema, e é um enorme problema, partindo do princípio que você não quer ver, ou vê, mas não aceita. Ou aceita, no fundo da sua alma você aceita, mas tem medo. Vê que gigantesco problema agora? Já os meus problemas são mais numerosos e irremediáveis, logo, quando caio na inutilidade de me preocupar trato logo de regar as lembranças com uma boa dose de esquecimento.

Agora já estou em outro canto esquivando-me da luz e vejo o quão solitário é brigar num relacionamento de um só indivíduo.
Formam-se DRs solitárias que duram horas, sozinho, todos de acordo, ninguém discute. Da DR não há o 'D' de discussão e tão pouco o 'R' de relação. Então é o quê?

Risos e mais risos e maquiamos os buracos que a vida tratou de estocá-los em nossa face, e permanecem abaixo do pó e só será revelado no quarto com o dramático e sincero lenço umedecido.

Quero frisar que se às vezes maquio uma análise ou comentário, se troco os fatos pela analogia é em prol da observação, assim forço um pouco mais o exercício de interpretação de cada leitor.
É mais ou menos como na vida selvagem que o animal a notar que está sendo observado foge para esconder-se. Digo que a fiscalização por aqui tem sido grande e não faltam personagens para tomar cada história para si.

É bem verdade que ao observar o coelho prestes a ser devorado pelo coiote, surge o mais comum reflexo de ajudar o coelho, nos de bom coração é bem mais comum. No entanto o coelho nem sempre quer ser salvo.
Em alguns casos o leão quer salvar o coelho para trocar a refeição de estômago. Concorrência animal ou puritanismo momentâneo?
Leões só são amigos de coelhos feios, eu insisto em dizer. Sei que a analogia pode parecer indigna do texto e o autor pode parecer indigno da escrita, porém, querer que o leão se torne vegetariano é pedir demais. É a natureza.

Ah! Mas a fé das mulheres, sempre tão apegadas ao credo que chega me dar inveja. Pena que são fiéis sempre do santo do milagre errado.

Agora penso que estou de repouso na coroa da estátua, observando...

Observo e vejo a tentativa de se mostrar tão segura, tanta segurança traduzida pela fala alta e os palavrões constantes, ou é segura a ponto de manter-se fora dos padrões, ou ainda não sente segurança para se padronizar.
Segura ou não, o padrão, neste caso como regra, à de ser excesso, um excesso maravilhoso.


Bento.

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2 comentários:

Elaine Cristina disse...

Caracas!!!!
Post muito foda!!!
Sem mais, pq não precisa de mais...
Continue assim...
Bjos!!!

Andre Mansim disse...

Uma grande mistureba de boas idéias! Bateu tudo no liquidificador e ficou bom!

Tão claro quanto um albino foi demais! Hahahahahahahahaha.