sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

BOLA DE SABÃO

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Quem é você? Onde está que não atende minhas chamadas? Chamadas maquiadas de intransigência.

Quem sou eu que estou aqui a imaginar donde estas e me pego pensando quanto tempo é necessário para compor-me refrão para alguém? Ó vida real...

Quem é você que supunha que o amor nunca fora o bastante e suportou a distância como quem nascera para isso? E é possível que nascera.

Quem sou eu para criticá-la se ao menor sinal de fumaça eu mesmo ateava fogo no meu próprio corpo na intenção de chamar sua atenção. Como os índios. Olha eu aqui ó!

Quem é você que passou pela minha vida e como um arrastão levara tudo o que havia de mais valor? Amor, alegria, sonhos e até o coração. Ficaram os anéis, o cofre, os carros, a prataria, ou seja, nada que eu pudesse penhorar em troca de barganhar qualquer sentimento.

Quem sou eu que ainda assim mantinha a oração agradecendo por ter você em minha vida, mesmo não tendo mais?

Eu descobri quem é você, pena que fora tarde demais.

Descobri quem sou eu, um trago num dia frio e cinza que pode ser bom ou ruim, porém sempre levará alguém a ilusão da capacidade de ser aquilo de que não pode.

Você é o amor que estava no ar, se foi com o sopro, que deu vida a bola de sabão, que subiu ao céu e explodiu.
Deixando pedacinhos de solidão.


Bento.

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