quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

PEQUENOS PEÕES DESCARTÁVEIS COMO MERDA NO INTESTINO

-

Existe um velho clichê que as mulheres amadurecem mais cedo que os homens. Em qualquer livro escrito por mulheres você testemunhará esse fardo que levamos. Somos aos olhos das mulheres como são os cavalos, vistos apenas para carregá-las e procriar. Parece machista, não? Mas não é. Tente ver pela ótica masculina, somos forçados a agir como homens desde cedo. " Seja homem" nos dizem. "Aja como homem" outros nos ordenam. Ser homem, no popular, quer dizer ter responsabilidades, não deixar que as pessoas nos vejam sofrendo, não cometer erros e SE cometermos a insensatez de errar temos que assumir e seguir em frente. Caso este exemplo de homem existisse teríamos milhões de psicólogos e autores de autoajuda desempregados. Ser homem quer dizer ser imponente, soberbo, o macho alfa. Temos que resolver todos os problemas, defender todos à nossa volta e cuidar para que não precisemos, em momento algum, da ajuda de outro homem, muito menos de uma mulher. Vê quanta responsabilidade para um ser, que dizem, amadurecer muito tardiamente?

Se um casal é pego fazendo uma merda a culpa é do homem. Um casal de assassinos, a culpa é do homem. Um casal é pego usando droga, foi o homem que a influenciou. A mulher está sempre à margem, como seres inocentes e místicos. A mulher pode ser infantil até seus cem anos, nós homens não podemos nos dar esse luxo. Concordo apenas em parte desta acusação dirigida a nós. Só não amadurecemos quando trata-se de sexo. Eu mesmo tenho a libido sexual de um garoto de 16 anos, e virgem. Dou conotação sexual em quase todas as atitudes e torço para estar certo. Quer um exemplo? Quando vejo uma mulher com buço por fazer não demora para que eu chegue a teoria de que se ela não se dá ao trabalho de depilar a cara imagine o resto. Tudo tem conotação sexual e eu não sou o único homem que age assim.

Ainda sobre sexo, tenho um amigo que está com uma nova namorada e me pediu conselhos sobre como convencê-la a fazer sexo anal como se eu fosse um expert no assunto. Não sou de maneira alguma e disse isso a ele, mas não o convenci. Disse que sobre sexo anal, a única coisa que eu poderia saber mais do que ele é que existem as mulheres que fazem e as que não fazem e é só o que sei. Sexo anal é como um ato de confiança, um segredo que ele teria de ser merecedor e ainda por cima poderia acontecer acidentes que talvez ele não tivesse estômago para suportar. De qualquer forma este meu amigo estava convencido que precisava experimentar e que eu tinha que lhe dizer algo para ajudá-lo. Então disse o que sei; muito álcool para sua garota e quando ela estiver bêbada e transando toque no assunto, pode ser que tenha sucesso. Ele não ficou satisfeito, mas foi só o que ele teve.

Passado uma semana, num novo encontro com esse meu amigo ele me disse ter desistido da ideia do sexo anal e claro que eu quis saber o porquê. O fato é que ele estava com uma garota um tanto mais jovem que ele e com a idade vem a curiosidade e o desafio. Sua garota lhe propôs um acordo do qual ele conseguiria o que ansiava contanto que desse algo em troca. Primeiro ele provaria da invasão em seu próprio reto e se a dor fosse suportável para ele, então poderia experimentar o reto dela. A proposta não me causou mais surpresa quanto a aceitação dele e neste dia, quando ele me disse que tinha desistido da ideia, este meu amigo não ousou sentar-se. Homens fazem coisas estranhas quando trata-se de sexo.

Devido a sociedade machista os homens aprendem desde cedo guardar seus escrupulosos em casa enquanto sai para caçar, por isso somos tratados como inimigos por algumas mulheres, mas isso é só para inglês ver, pois nem mesmo elas suportam os bom moços. Elas casam-se com eles, no entanto trepam com os anti-heróis. Trepam, pois o sexo é mais gostoso, afinal nenhuma mulher quer passar a vida sendo comida num papai-mamãe nojento e tedioso.

Não faz muito tempo eu conheci um dos maiores filhos da puta de toda a historia da ficção, Francis J. Underwood. Digo que este é um filho da puta de dar gosto, chega a ser bonito de ver e eu que sempre me achei um filho da puta de marca maior percebi que tinha muito que aprender. Sabe, o problema não é ser filho da puta, pois o mundo foi feito para eles, os mesquinhos, os ingênuos e os sinceros, são todos pequenos peões descartáveis como merda no intestino. Deus criou o mundo para os filhos da puta vagarem como grandes e belos pavões dominadores.

Testemunhas de Jeová acreditam que após o apocalipse, depois da festa de despedida com drinks de sangue e tripas como aperitivos, Deus expurgará os pecadores para o inferno para que os puros possam herdar a terra. Eu particularmente acho isso uma besteira, primeiro porque ninguém por aqui é puro. Vivemos num mundo onde os religiosos são mais cruéis que os mais cruéis maníacos, assassinos e todo o resto da escória. O próprio Hitler se sentiria enojado e com um pouquinho de inveja dos pastores que temos por aqui, pensando em como ele pôde ter deixado passar uma ideia tão boa. Em nome de Deus tudo é perdoado e talvez hoje, se Hitler tivesse aberto uma igrejinha, numa garagem fedorenta, ele teria dominado o mundo. Se você não fica receoso com uma religião que cresce tão rápido com comandantes tão asquerosos , espalhados pelos três poderes do governo, eu tenho que dizer que você é um idiota. Sendo assim, não tenho muitos motivos para acreditar que algum de nós terá um Destino diferente. Deus já se arrependeu de sua criação e se castiga obrigando-se a assistir tudo isso como reles telespectador. Mas poderia ser muito pior caso Ele sentisse algum prazer sádico nisso tudo. Por isso eu digo que o problema não é ser um filho da puta. O que me faz perder o fôlego é o filho da puta que mente para si mesmo dizendo-se santo. Então a festa do apocalipse está por vir e eu estarei sentado ao balcão do bar misturando whisky ao meu drink de sangue fresco às escondidas para não irritar os religiosos.



Bento.

-

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

SOMOS TODOS EGOÍSTAS MENTIROSOS COM UM MEDO ENORME DE SERMOS PEGOS NA MENTIRA

-

Existe uma coisa sobre as mulheres que todos nós, homens, devemos saber; elas costumam acreditar nas coisas mais mirabolantes e mais inacreditáveis que possamos imaginar. Quando elas estão apaixonadas é possível sem muito esforço convencê-las sobre tudo, pois elas estão propensas a acreditar em tudo que saia da sua boca, até os sentimentos findarem. Quando seus sentimentos se esvaem elas acreditam em tudo, em apocalipses zumbi, E.Ts, no Diabo, menos em você, pois você é a imagem de tudo que elas abominam. Ainda tem aquela garota que você acaba de conhecer e ela foi com a sua cara, esta sequer vai pensar que você seria capaz de enganá-la, veja como são essas mulheres.

Já os homens não se apegam muito ao que é mentira ou não, certo ou errado. De fato, o que ele precisa é ter você nua na frente dele, o resto ele só vai pensar depois. Não existe bicho mais desapegado que o homem. Eu diria até que o homem quando quer transar é um exemplo para nossa sociedade. Ele é desapegado a dinheiro, não tem preconceitos, não liga se você tem todos os dentes ou se comunica corretamente, neste momento ele quer apenas transar e pronto. Se perguntar para qualquer homem ele vai te confirmar que existe uma dezena de garotas que ele comeu sem sequer se dar ao trabalho de perguntar o nome e se perguntou não lembra. Tão desapegado o homem que é enganado e nem se dá conta. Mas até então ele não está ligando, engane-o, porém chupe-o.

Chato é o corno. Esse passa a desacreditar de qualquer coisa. Todo homem que é muito desconfiado pode apostar, é corno. Ou foi, ou é, ou será, afinal já viu pretendente melhor pra corno que o desconfiado? Aquele indivíduo que segue a mulher em tudo quanto é lugar, pesquisa amizades, priva a moça de tudo que é coisa e no final vira corno, claro. Mulher presa é igual cachorro no cio, a primeira oportunidade que tem de escapar foge.
O corno é tão desconfiado que deixa de lado até os amigos por medo de ser traído, o que ele não sabe é que amigo dificilmente trai, quem trai é a mulher, com um desconhecido qualquer porque é mais excitante. Quem leu Nelson Rodrigues pode dizer melhor.

Entre tantas mentiras poligâmicas criei uma teoria há tempos que nunca mais repeti com exceção de hoje: daqui há vinte ou trinta anos monogamia será coisa fora de moda, bem como discman, bandas com calças coloridas e sertanejo universitário. Com o tempo cada vez mais escasso e a globalização será impossível manter um relacionamento com uma só pessoa. Serão relacionamentos Express, deliveres, como as bicicletas públicas espalhadas no centro de São Paulo, pegue aqui e devolva ali. Seremos todos acompanhantes momentâneos uns dos outros. Na época de internet e smartphones alianças de compromissos serão coisas de avós, pieguice.

Antes que me critiquem por minha teoria quero dizer que somos seres egoístas porque é de nossa natureza. É uma coisa de sobrevivência, instinto animal e não se pode fugir disso, antes de sermos humanos somos animais, não mais que isso. Relacionamos-nos apenas porque é de extrema necessidade, como comer, beber e cagar, transar também é uma necessidade e se pudéssemos fazer isso sem trocar uma palavra sequer com a outra pessoa pode ter certeza que faríamos, no entanto também é de nossa natureza forjar uma aparência de que somos sociáveis, racionais e que nos importamos com os sentimentos alheios antes do nosso. Vivemos de aparências como os animais silvestres vivem da caça. Somos caçadores de egos, de libido, matamos alguns instintos, mas outros nós apenas mascaramos.

Eu conheci uma garota uma vez que era uma leoa, indomável, rebelde, independente, ou seja: chata pra caralho, mas de uma chatice esplendida, uma chatice que me esfregava na cara minha incompetência em domá-la e nós seres racionais nunca nos demos bem com o fracasso, nós temos dessas coisas. Eu citei este caso, pois mesmo que eu tenha adquirido uma vontade enorme de conquistá-la e uma libido impar sem sucesso, eu consigo viver bem com isso. É claro que uma vez ou outra me vem uma lembrança, que geram um conto ou outro, porém não vou morrer por isso. Os trinta cigarros diários, as dezenas de latas de cervejas semanais, as garrafas de destilados podem vir a me matar e matarão, mas não isso.

Não isso, pois ninguém morre de amor. Quem vos fala sou eu, um romântico incurável que já sofreu de amor durante anos a fio. Ninguém morre de amor, as pessoas fingem, romantizam sobre seus sentimentos, no entanto não passa de puro e simples egoísmo. Dizem o que gostariam de sentir, mas não sentem. O amor num todo é egoísta, só se ama o que nos faz bem, só amamos o que nos deixa no ápice do tesão e eu não estou falando só de tesão sexual e sofremos quando perdemos esse gatilho de valorização de nossos sentimentos. Só nos importamos com quem nos faz bem e não por amor. Caso o amor não fosse egoísta ele jamais acabaria, seria eterno e independente de reciprocidade.

Nós não amamos ninguém mais que nós mesmos e morrer de amor é morrer de egoísmo. Vai morrer de amor? Claro que não, não é do indivíduo que sentimos falta e  sim dos momentos de êxtase, de alegria e do melhor sexo de nossas vidas até o momento e pode ser que nunca mais encontre algo parecido e aí dizem que morrerão de amor. Morre-se pela falta. Morre-se pela perda, pelo passado prazeroso. O que nós nunca nos damos conta é que o segredo para não sofrer de amor é não sofrer de amor. É não sentir falta, pois não existe nada mais passageiro que a felicidade. A coisa que te deixaria mais feliz ontem seria uma cerveja gelada no meio do expediente, hoje você tem a tal cerveja e tem um outro desejo de felicidade, pois ontem já passou, assim como seus desejos. Somos todos egoístas e mentirosos com um medo enorme de sermos descobertos na mentira.



Bento.