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Ao fim de um relacionamento é necessário para e pensar, como fazer um balanço sobre o que foi bom, o que foi ruim e porque do término.
Fazendo isso você mostrará que é uma pessoa equilibrada, que preserva para si um momento de reflexão para que faça do futuro algo melhor. Isso é para pessoas equilibradas.
Para os outros 99% que são desequilibrados é normal que você queira sair por aí tentando provar para si mesmo e para todos os outros que você pode ser feliz sozinho sim.
Você nasceu grudado, mas pode tranquilamente morrer sozinho.
Você é autossuficiente.
Não precisa de atenção, ele é que perdeu a SUA, ela que perdeu seu afeto e carinho que é muito mais importante e insubstituível.
Ora, aquelas posições na hora do sexo que pareciam absurdas para a mulher abandonada agora é regra em sua cartilha sexual. Prova-se que foi falta de estimulo dele e não falta de cooperação dela.
Aquela vaidade que faltava no homem abandonado não existe mais, ele vai ao shopping sozinho, passa horas e horas namorando vitrines, experimentando calças jeans e estoura o cartão de credito com roupas novas, por que ele não era relaxado, é que ele perdia muito do seu tempo tentando agradá-la e não tinha tempo para si mesmo.
Aqueles livros que ela não havia lido já ganharam uma estante nova em sua sala e ela já entrou em grupos de debates, pois não é que ela não se interessava por política, é que naquele momento ela precisava focar em outras coisas.
Ele agora troca as tardes de futebol na TV para andar de bicicleta no parque Ibirapuera com os amigos, pois não era que ele deixava tudo de lado pelo futebol, era ela que não propunha algo novo para ajudar a passar o tempo.
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Toda mudança na rotina gera confusão em nosso monótono mundo, é assim que as coisas são. Tentar lhe dar com as mudanças é como reaprender a andar, primeiro engatinha, depois começa a andar e logo o primeiro tombo nos faz lembrar que não podemos sair ilesos de qualquer aprendizado.
Caindo, caindo, caindo até que você consegue um passo depois do outro e nem pronunciamos a primeira palavra ainda.
Somos todos crianças aprendendo a lidar com a perda do brinquedo favorito.
Bento.
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