segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O PESSIMISMO É UMA ARTE.

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'Tudo vai mal, tudo tudo tudo' . É o que diz Roberto Carlos na música Como Dois e Dois.

É também o que diz os pessimistas por natureza e os hipocondríacos dramáticos.

Sempre há algo digno de reclamação, teorias cabalísticas do fim do mundo até os apocalípticos discursos sobre problemas sociais, econômicos e etc.

Nas filas dos bancos jamais haverá algum testemunho otimista por que só a tragédia rende assunto. Se Romeu terminasse seus dias como gerente de vendas, Julieta acabasse como dona de casa fiel e os dois vivessem felizes para sempre até seus netos entrarem na faculdade Shakespeare seria um dramaturgo falido.

Uma amiga me alertou sobre uma frase de Vinícius de Moraes que eu até então desconhecia, “O poeta só é grande se sofrer”.
Toda tristeza é exagerada e as alegrias são desprestigiadas, fazem pouco caso da alegria alheia, “ninguém é tão feliz assim, provavelmente ele tá inventando”. Dizem aqueles que presenciam qualquer sorriso largo, fácil prever o que pode nos entristecer, pois são tantas opções.

Digo isso com conhecimento de causa, meus textos mais populares são os que contam tragédias, os contos felizes e bem humorados estão no pé da lista.

Presenciar a felicidade alheia nos faz lembrar da nossa incapacidade de manter nosso sorriso como cartão de visita. É bem melhor quando encontramos um amigo com problemas tão grande que nos faz pensar que não estamos perdidos, ou na melhor das hipóteses ficamos felizes que pelo menos não é com a gente.

Ah, mas os felizes, esses nos matam.

Quando perguntamos tudo bem?  Por educação o que queremos mesmo é só a devolução da cortesia tudo sim, e você? e nada mais que isso. Pronto! Já cumpriu o ritual de educação que seus pais lhe ensinaram agora pode voltar a falar mal da roupa de sua colega de trabalho, almejar o cargo do seu chefe, olhar para os seios da namorada de seu amigo e se perguntar: o que ele tem que eu não tenho?

Quando ouvir aquela história de inveja boa prepare o pé de pimenta e o banho de sal grosso porque isso é o mesmo que dizer que se tem um ódio saudável por alguém. Algumas palavras não têm e nunca terão mais de um sentido.

Nunca anuncie sua felicidade para não terminar sem amigos, triste, ou poeta.

Bento.

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sábado, 13 de agosto de 2011

HOMENS...


Tenho um amigo que diz que vizinhas não precisam necessariamente ser bonitas, afinal não corremos tanto risco de sofrer com os olhares curiosos quando o caminho de sua casa para nosso quarto será tão curto.

Homens são mesmo diferentes, lembro-me dos tempos de MacGyver na TV ainda analógica com Bombril na ponta da antena onde o personagem conseguia explodir um prédio com um clipe de papel e um pedaço de fio, dê uma vagina a qualquer homem e você o entreterá por semanas, talvez meses.

Por isso penso que a revolução industrial partiu das mulheres. Carros automáticos, fogões elétricos e celulares são invenções tipicamente femininas exceto a internet, essa foi feita pelo homem para poder ter fácil acesso a pornografia sem ter que se preocupar com esconderijos espaçosos para camuflar suas coleções de VHS.

Assim como é atestado pelo Instituto de Suposições do Autor que a anatomia do pescoço masculino é diferenciada, pois assim como a língua este também flexiona-se instintivamente virando-se para trás estimulado por uma bela bunda.

Homem é sempre mais preguiçoso, jamais haverá um homem que saia de casa para bater perna, assim como dificilmente verá uma mulher demorar um domingo inteiro para lavar o carro. O fim de semana do homem serve para não fazer exatamente nada e quando se aventura a sair de frente da TV demora horas até o término e é daí que vem a lenda de que mulher é a única que consegue fazer mais de duas coisas ao mesmo tempo, o homem também pode, só não gosta de fazer, exceto quando é para ver jogo de futebol, beber cerveja, comer salgadinhos, fumar, xingar o juiz, pensar quantas latas ainda há na geladeira e calcular os acréscimos do jogo. Ufa! Cansei...



Bento.

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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

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O HOMEM MAIS INFELIZ DO MUNDO É AQUELE QUE DESCOBRE QUE NEM SEMPRE VALE TANTO SACRIFÍCIO POR TRÊS SEGUNDOS DE ALEGRIA.

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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

SÍNDROME DO AMOR ETERNO.

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As pessoas vivem cometendo erros durante a vida é inevitável. Eu mesmo poderia escrever um livro inteiro contando todas as pisadas de bola, mancadas e decisões errôneas de caminhos que me trouxeram até aqui.
Inclusive a decisão de fazer um blog, escrever e compartilhar minhas inconstâncias.

Seria um livro didático com um pouco de romance, quase uma ficção de tão difícil de acreditar nas burradas cometidas por este autor. Decisões, sempre decisões, dois ou mais caminhos, nunca facilitam te dando uma só opção.
É assim a vida.

Se acha que estou exagerando pergunte aos meus amigos mais chegados e todos eles tem dois ou três histórias sobre como eu tropecei numa bifurcação do destino e me dei mal.
Tudo bem que todos aprendemos, mesmo que a força com todas essas ações tomadas de maneira impensável, mas são as reações que ensinam mais. Toda ação gera uma reação.

Depois de tantos erros aprendi que não devo ficar imaginando como seria se fizesse uma escolha diferente.

Ok! Eu disse que aprendi que é errado, não disse que não faço. Lendo-me até aqui o leitor já consegue entender que eu não sou adepto da coerência certo?!
Assim como os meus amigos, eu também tenho inúmeros casos de negligências e infortúnios para falar deles e por estar no topo do ranking dos amaldiçoados pelas suas próprias atitudes tento avisá-los da insanidade que estão cometendo, convenhamos, sou experiente no assunto, mas já percebeu como podemos ser cabeça dura quando queremos alguma coisa?

Juro que tento ajudar, talvez eu seja um predestinado, errando para passar à frente a experiência. Citando um exemplo de um amigo que vamos chamar de João para evitar futuras complicações.
João é um romântico por doença, foi até diagnosticado num exame de rotina, tem a “Síndrome do Amor Eterno”. Bastara um beijo para que se apaixonasse por completo e jurava amar para toda a vida.
O mais curioso nisso é que o sentimento era mesmo real e verdadeiro.

Até aqui tudo bem, qual mulher não gostaria de um homem completamente apaixonado por ela?
O problema é que João era e sempre foi infiel, o volúvel, logo se apaixonava de três a quatro vezes por mês.
Era como se seu anjo da guarda fosse primo próximo do próprio Cupido, a cada beijo uma flechada, pense no dinheiro gasto com cartões, flores, alianças de compromisso e outras coisas derivadas de amor recém-nascido.

Eu como um bom amigo tentei alertá-lo sobre sua situação, mas sem sucesso não tive escolha senão assistir de camarote sua jornada ao desequilíbrio sentimental. João só se deu conta da presepada que estava cometendo consigo mesmo quando numa aposta perdida teve de beijar um manequim de uma loja de departamento, mas ainda assim teve de ser convencido que apresentar o boneco de madeira aos seus pais não seria uma boa ideia.

É natural errarmos e não nos darmos conta ou só percebermos o erro e o tamanho dele quando a reação do ato consumado torna-se deprimente ou constrangedor.

Bento.

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terça-feira, 2 de agosto de 2011

EX NAMORADAS

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Sempre tive uma certa tendência a não gostar dos presentes que fora me dado e isso sempre foi um problema, afinal, nunca consigo disfarçar aquela cara de descontentamento e meu sorriso amarelo entrega o erro da dita cuja cheia de boas intenções.

Isso é um problema sério quando para-se para pensar que ao invés de tentar me agradar posso ficar sem presentes na desistência dos outros de ficar na expectativa se errou ou não. As datas comemorativas nunca serão as mesmas sem laços e papéis coloridos.

Um exemplo de minha demência em relações a presentes é o clássico tênis All Star que sempre tive como uns dos calçados dos sonhos por um grande período e numa época um tanto quanto distante passei a juntar dinheiro para tentar adquiri-lo e presentear meus pés com tanta atitude por trás da estrela estampada.

E é claro que tive a chance de ser um dos milhões de consumidores do tênis e desde a primeira vez que coloquei no pé percebi que... Ficou uma merda.

Eu tenho dessas coisas, um tênis ótimo para ficar nos pés alheios, lindo nos outros e não é só o All Star, tem mais um monte de outras coisas que perde seu brilho assim que coloco minhas mãos nelas.

Doei o All Star e ele ficou bem melhor com outro dono.
Quem sabe não seja assim com minhas ex namoradas também...


Bento.

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