Apesar de parecer uma eternidade não faz muito tempo eu fui criança e como tal tive planos mirabolantes para responder a celebre pergunta feita pelos pais sobre o que eu seria quando crescesse.
Confesso que a possibilidade de me tornar advogado e estar à frente do juiz com um terno elegantíssimo e comover todo um júri com meus argumentos convictos como eu via no filme “Advogado do Diabo” me seduziu por um bom tempo.
Por gostar tanto de filmes também houve a época que eu quis ser cineasta, criava roteiros em minha infância com atores já selecionados para papéis principais e secundários, cheguei até me imaginar recebendo o Oscar e corri para escrever meu discurso.
Pensei em ser herói, mutante do X Men, policial e bandido.
Óbvio que como todo moleque que se preze eu também quis ser jogador de futebol e me imaginei fazendo o gol do título vestindo a camisa do Corinthias, a número sete do meu maior ídolo e pensava como responderia as mesmas perguntas das entrevistas que eram feitas aos jogadores daquela época. Jogando bola na rua eu inventava comemorações como se estivesse sendo televisionado e pensava nas crianças com a mesma idade que eu vestindo a camisa com meu nome e imitando meus dribles.
Teve até uma vez que criei em meu imaginário a emoção de ser convocado para a Seleção e vestir a amarelinha, mas essa eu escolhi a número nove para homenagear meu outro ídolo.
Quis ser piloto de avião, guitarrista de uma banda de rock, mas percebi que tinha duas mãos esquerdas e tive que me contentar com o microfone mesmo.
Enfim eu deixei de lado todos esses sonhos quando me vi acima dos 20 anos e sem nada concretizado a não ser os vocais da banda, mesmo achando que o sonho de me tornar um rockstar esteja distante por inúmeros motivos, hoje tenho tudo planejado. Me formarei jornalista, em breve publicarei meu próprio livro e assim ganharei a vida fazendo o que gosto tanto que é a escrita, porém o destino que não cansa de me provocar poderá em mais umas de suas traquinagens esfregar na minha cara que no fim quem manda é ele mesmo e talvez eu termine a vida como telefonista ou vendedor de coisas inúteis.
Mas quer saber? Isso é o que menos importa, o que eu preciso de fato é só um teto, papel, caneta e uma boa garrafa de inspiração. Porque escrevendo eu posso ser o que eu quiser.
Não esquece os cigarros...
Bento.
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3 comentários:
O meu amigo Bento voçê não e apenas um simples telefonista,você é um consultor de relacionamentos de uma das maiores empresa que presta serviço de atendimento do mundo kkkkkk.
Esse é o espírito. O segredo está no valor que você mesmo da para as coisas!
E ai cara!
Eu sou o Anselmo, tá da hora o blog hein! Já estou te seguindo e agradeceria se fizesse o mesmo por mim.
Em relação ao post, digo que é muito bom e sincero. A propósito, procure sempre conservar a ESPERANÇA, pois às vezes é a única coisa que temos, jamais desista dos seus sonhos.
Falow!!!
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