segunda-feira, 8 de agosto de 2011

SÍNDROME DO AMOR ETERNO.

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As pessoas vivem cometendo erros durante a vida é inevitável. Eu mesmo poderia escrever um livro inteiro contando todas as pisadas de bola, mancadas e decisões errôneas de caminhos que me trouxeram até aqui.
Inclusive a decisão de fazer um blog, escrever e compartilhar minhas inconstâncias.

Seria um livro didático com um pouco de romance, quase uma ficção de tão difícil de acreditar nas burradas cometidas por este autor. Decisões, sempre decisões, dois ou mais caminhos, nunca facilitam te dando uma só opção.
É assim a vida.

Se acha que estou exagerando pergunte aos meus amigos mais chegados e todos eles tem dois ou três histórias sobre como eu tropecei numa bifurcação do destino e me dei mal.
Tudo bem que todos aprendemos, mesmo que a força com todas essas ações tomadas de maneira impensável, mas são as reações que ensinam mais. Toda ação gera uma reação.

Depois de tantos erros aprendi que não devo ficar imaginando como seria se fizesse uma escolha diferente.

Ok! Eu disse que aprendi que é errado, não disse que não faço. Lendo-me até aqui o leitor já consegue entender que eu não sou adepto da coerência certo?!
Assim como os meus amigos, eu também tenho inúmeros casos de negligências e infortúnios para falar deles e por estar no topo do ranking dos amaldiçoados pelas suas próprias atitudes tento avisá-los da insanidade que estão cometendo, convenhamos, sou experiente no assunto, mas já percebeu como podemos ser cabeça dura quando queremos alguma coisa?

Juro que tento ajudar, talvez eu seja um predestinado, errando para passar à frente a experiência. Citando um exemplo de um amigo que vamos chamar de João para evitar futuras complicações.
João é um romântico por doença, foi até diagnosticado num exame de rotina, tem a “Síndrome do Amor Eterno”. Bastara um beijo para que se apaixonasse por completo e jurava amar para toda a vida.
O mais curioso nisso é que o sentimento era mesmo real e verdadeiro.

Até aqui tudo bem, qual mulher não gostaria de um homem completamente apaixonado por ela?
O problema é que João era e sempre foi infiel, o volúvel, logo se apaixonava de três a quatro vezes por mês.
Era como se seu anjo da guarda fosse primo próximo do próprio Cupido, a cada beijo uma flechada, pense no dinheiro gasto com cartões, flores, alianças de compromisso e outras coisas derivadas de amor recém-nascido.

Eu como um bom amigo tentei alertá-lo sobre sua situação, mas sem sucesso não tive escolha senão assistir de camarote sua jornada ao desequilíbrio sentimental. João só se deu conta da presepada que estava cometendo consigo mesmo quando numa aposta perdida teve de beijar um manequim de uma loja de departamento, mas ainda assim teve de ser convencido que apresentar o boneco de madeira aos seus pais não seria uma boa ideia.

É natural errarmos e não nos darmos conta ou só percebermos o erro e o tamanho dele quando a reação do ato consumado torna-se deprimente ou constrangedor.

Bento.

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Um comentário:

Senhora Britto disse...

Adoro a forma como escreve, você escreve com o coração, dá para sentir apenas lendo pequenos fragmentos de seus textos.. me sinto extasiada, tomou totalmente minha atenção..
Bem, darei um jeitinho de passar mais vezes para ler e também comentar suas maravilhosas, porém melancólicas publicações!!

Beijo