sábado, 27 de junho de 2015

SOMOS TODOS EGOÍSTAS ENTÃO SÓ ME CHUPE SE FOR CONVENIENTE

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Com o tempo vamos afastando as pessoas de nossas vidas. É um processo natural. Depois de muito tempo, as pessoas que ficam do seu lado são aquelas que realmente merecem - o castigo de sua parte ou da deles - e estes têm seu valor. Quem de vocês podem se dar ao luxo de dizer que convive com alguém desde sempre? Isso é raro. Nós conhecemos várias pessoas ao longo da vida e algumas delas pensamos que permanecerão o resto de nossas vidas, mas invariavelmente partirão, ou nós partiremos, por falta de contato, por preguiça, ou simplesmente porque aquela pessoa acaba se tornando um grande e insuportável pé no saco.

A maioria das pessoas que eu conheço eu me afastei por preguiça. Também por não me importar, mas mais por preguiça mesmo. Por exemplo, odeio ir na casa dos outros. Se eu te encontro em meu caminho é bem possível que eu pare e tomaremos umas cervejas juntos, mas se eu tiver que ir até algum lugar para te encontrar e relembrar os velhos tempos, não me espere, pois não vou. Não vou porque tenho preguiça. Com exceção é claro, se valer a transa.
Basicamente a vida se resume em quem quer te dar somado ao tempo que ninguém dá pra você. É tudo uma coisa se demanda e oferta. Se a oferta é grande não há porque se preocupar em percorrer caminhos tortuosos em busca de uma transa que você pode facilmente conseguir ao lado de casa. Pode perguntar para qualquer virgem, ou idiota, estes dão a volta ao mundo para transar.

Tive um amigo que namorava uma garota que morava em outra cidade e todo fim de semana ele viajava só para transar. Você pode dizer a si mesmo que era por amor, mas eu garanto que se ele tivesse a possibilidade de transar com qualquer outra que morasse mais perto ele faria.

Conheci uma garota uma vez que vendeu seu carro para ajudar o namorado a pagar a faculdade. Esta garota, apesar de simpaticíssima, era de uma falta de beleza sem igual, também era gorda e os dentes da frente separados, contudo, o que fazia dela a última na face da terra em matéria de sexo era o grande calombo que tomava praticamente sua nuca inteira. Este calombo impedia que nascesse cabelo ali. Então ela tentava esconde-lo com o cabelo da parte de cima da cabeça, uma tentativa até que válida, mas que não adiantava muita coisa. De qualquer forma, como toda desgraça ainda é pouca, o tal calombo dava de soltar um liquido viscoso e fétido, logo, nenhum cara em sã consciência, nem os mais bêbados, queriam se arriscar a colocar o pau ali dentro, com exceção do já citado namorado. Digo, pelo menos ele deveria transar com a garota, afinal, ninguém se dispõe a vender o próprio carro para ajudar alguém sem levar nada em troca. Mesmo os ignorantes religiosos doam suas coisas em troca da promessa - infundada - de um bem maior futuro. Resumindo, o cara se formou e deu um pé na bunda da garota do calombo. As coisas são assim, as pessoas são assim, bem como chegam, partem.

Eu estou dizendo isso talvez para justificar o fato de que eu simplesmente não me importo. Não me importo porque já vivi tempo suficiente para saber que as pessoas partem e nem sempre a culpa é minha. Não estou me eximindo de culpa, eu sou o primeiro a apontar o dedo pra minha cara e me julgar, mas nem sempre sou o culpado disso. Não me importo porque sei que as bundas mudam, os peitos mudam, mas num todo, geralmente trata-se da mesma coisa. Garotas que me acham interessante pelo modo que penso, que escrevo, mas principalmente pelo meu jeito de quem não se importa. É um ciclo, entenda; o que me torna interessante é a mesma coisa da qual vai deixa-las emputecida depois de algum tempo.

Eu nunca destrato ninguém, já disse isso aqui. Se destratasse não voltariam e a ideia é que elas sempre voltem, pelo menos até o momento que elas são interessantes. Dito isso, sou culpado quando dizem que se sentiram importantes, mas na verdade a culpa é dos seus relacionamentos passados com imbecis que as trataram como bosta. Faço tudo intensamente, também já disse isso, então olho nos olhos enquanto as penetro, agrido quando me pedem e faço tudo como se fosse a última vez, afinal, com meu estilo de vida pode mesmo ser. De repente um orgasmo pode se transformar em um enfarte e meu coração pedir arrego, pode acontecer, não seria nenhuma surpresa, e caso aconteça quero chegar ao lugar que tenham reservado pra mim com um belo sorriso no rosto e a sensação de trabalho bem feito. Logo, sou culpado quando me acusam de comê-las de forma que lhes deem esperança de que houve sentimento, mas sou inocente delas tirarem a calcinha para qualquer cuzão que as comem como quem toma café de manhã apressado para o trabalho.

Mas eu também já me senti vítima. Algumas garotas aceitaram transar comigo apenas para serem citadas em meus textos. E depois disso partiram. É difícil passar por uma situação desta, quando você ainda não está saciado e a pessoa te deixa na mão porque já conseguiu o que queria. Porque no final é isso, estamos todos em buscas de recompensas, metas que almejamos atingir. No final, somos todos egoístas e não fazemos nada que não seja para o nosso próprio bem. A garota só dá para alguém por acreditar que aquilo a fará bem de alguma forma, se não for por prazer sexual, que seja pelo prazer sentimental - e tem muita mulher que continua dando pro cara errado pelo simples fato de gostar do cara - ou pelo prazer da vaidade - e as mulheres são expert em dar pro cara pelo simples fato dele lhe dar em troca roupas e plásticas e viagem para que ela possa alimentar a vaidade de postar as fotos no Facebook - ou o prazer de qualquer coisa que venha te fazer feliz. Os homens que aturam uma relação da qual não quer pelo simples fato de ter roupa lavada e sexo sem sacrifício - e o que tem de cara por aí que se sente preso como um animal em seus relacionamentos - ou os caras que ainda se prendem a garotas com medo de assumir que na verdade gostaria de ter sua próstata cutucada por uma rola grossa e cheia de veias - eu conheço alguns. É justamente por isso que eu não saio por aí chorando e falando mal das garotas que se vão e não voltam. Afinal somos todos egoístas, então só me chupe se for conveniente.



Bento

segunda-feira, 1 de junho de 2015

ENQUANTO ELA ESTÁ DEITADA EM MINHA CAMA TAMBORILANDO OS DEDOS NUM COPO DE WHISKY


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Parte de mim esta aqui. Deitado em meu quarto, com o livro do Bukowski ao lado que não tenho coragem de abrir. Na verdade tentei engatar na leitura por três vezes e não consegui. Coloquei alguns Blues pra rolar, mas mesmo assim olho para as paredes, os pôsteres e nada. Albert King faz um vibrato na guitarra suficiente para deixar qualquer fã com os pelos do braço arrepiado e eu sequer ergo os olhos para contemplar.
Fica estranho quando você faz todo o mantra para escrever. Antes algumas cervejas, uma dose de um bom Bourbon e espera a inspiração vir só que ela não vem. Nessa brincadeira foram vinte latas de cerveja, meia garrafa do Jim Bean e um maço de cigarros e nada. Absolutamente nada. Apelei para as fotos antigas e mesmo assim foi como ver paisagens do Bing. Senti vontade de matar duas ou três personagens que nelas estavam e pensei que poderia partir daí para escrever qualquer coisa, mas me enganei.
Mais Blues, mais Bourbon, mais cigarros e cervejas e não escrevi uma linha sequer. O pior? Eu ainda enxergava meus dedos e onde eles tocavam.

Passei a pensar no outro dia e comentar sobre transar com amigas que bebem como gente grande. E transam como gente grande. E pensam como gente grande. Aquele tipo de garota que faz tudo aquilo que tem vontade e eu as respeito por isso. O tipo de garota que faz tudo que um homem faz só que melhor.
Eu sempre tive um fraco por garotas marrentas. Que fazem barraco na rua por ciúmes. Que gargalham alto e choram quando estão com raiva e não fazem questão de esconder de ninguém. Porque garotas assim sentem tudo a flor da pele e sempre me passam a imagem de verdade. Eu posso estar errado num caso ou em outro, mas em suma é isso.

Se voltar alguns textos verá que eu tinha tempo para dar e vender. Hoje eu gostaria de ter para compra-lo, pois não está fácil. Não tenho espaço na agenda sequer para me masturbar, quanto mais fazer social com uma garota enquanto ela está deitada em minha cama tamborilando os dedos na borda do copo de whisky pensando quanto tempo é necessário para que ela tire a roupa sem que eu pense que ela é uma vadia. O que essas garotas não sabem é que quanto mais vadia, mais eu gosto. Gosto, pois como costumo dizer; pureza só é bom para nossas filhas e a vodca. Gosto das vadias porque ninguém é santo e quem finge ser pode fingir várias outras coisas e eu não gosto de fingimento. Logo, tire a roupa quando achar que deve e se quiser começar tirando a minha ganhará pontos por isso.

No trabalho, todos os dias, depois de um dia cansativo, antes de acabar o expediente, sempre na mesma hora, eu saio para fumar um cigarro e desacelerar os pensamentos. E todos os dias, como se combinássemos, vem um gato preto até onde eu estou sentado fumando. Ele se aproxima como os gatos fazem. Cautelosos e lentos. O gato passa por mim, mas sempre notando minha presença e eu a dele. Ignoramos-nos, mas não deixamos de nos notar. Então este gato entra num bueiro como um rato faria. Ele entra todo no bueiro, dentro mesmo e fica lá por alguns minutos. Eu acendo sempre mais um cigarro para vê-lo fazendo seu ritual. Então, finalmente sai o gato com uma barata na boca. Às vezes uma barata mais traiçoeira foge correndo do bueiro e o gato preto e magricela sai atrás dela até alcançá-la. Mas o gato não mata a barata. Ele apenas quer se divertir. A barata, é claro, não entende. O vê como uma ameaça. E o gato cuidadosamente bate na barata com suas pequenas e macias patas forte o suficiente para que o inseto corra e ele corre atrás dela. Na falta de um rato, este gato brinca com as baratas. E todo dia é assim. Este é um gato de rituais. Todos os dias, reserva-lhe aquele período para curtir com a barata.
Eu também sou um animal de rituais. Não levanto da cama antes de um cigarro. Não entro no banho sem antes tomar uma grande caneca de café. Não faço nada sem música, nem cagar, nem comer, nem dormir ou transar. Passo um bom tempo na frente do espelho aparando a barba e arrumando o cabelo. Assisto aos jogos do Corinthians sempre no mesmo sofá, tomando cerveja e com o volume ao máximo, e grito com o juiz mesmo sabendo que não serei ouvido. Dificilmente passo um dia sequer sem cerveja. Não durmo sem o último cigarro, pois aquele pode ser realmente o último. Nunca se sabe quando vamos acordar ou dormir definitivamente, então todos os dias fumo meu cigarro antes de dormir refletindo sobre aquele que pode ser meu último cigarro. Não transo sóbrio porque tenho sempre a companhia de meus demônios. A última garota que transei sóbrio foi há um pouco mais de cinco anos. Para ser sincero, a única coisa que faço sóbrio é trabalhar, de resto...
Então talvez, resumidamente meu ritual é estar bêbado? Sim, ou grande parte dele pelo menos. Consigo fazer várias coisas ao mesmo tempo apesar de não gostar, prefiro fazer uma coisa de cada vez e também é assim com garotas, com exceção, claro, se elas estiverem juntas. Se vou mentir começo sempre com a palavra "então" após uma pergunta, que é para dar tempo de pensar na mentira, mas também não gosto de ter de contá-las. Prefiro guardar minha criatividade para outras coisas. Podem ser rituais ou TOC. Nunca sei dizer ao certo. Sendo assim, não é difícil imaginar o quão complicado acho manter um relacionamento com qualquer mulher. Não se encontra em qualquer lugar garotas dispostas a aturar caras com todas essas manias. Normalmente mulheres não têm rituais, o humor delas é inconstante, o meu não. Estou sempre de mau humor, pelo menos de manhã.

Dito isso, decidi me afastar um pouco de garotas. Por um tempo, sem pressão. Parei de ligar e convidá-las para qualquer coisa, deixei de atender as ligações e responder mensagens. O motivo disso é difícil explicar. Estou num grau de tédio que supera qualquer coisa. Um desinteresse coletivo. É preciso uma coisa muito, mas muito interessante mesmo para me tirar de minha companhia solitária. Ultimamente só abro a porta de casa para duas garotas ou mais, assim elas conversam entre si e eu posso perder-me em meus pensamentos inúteis.
Chame isso de preguiça se quiser. Pode chamar de covardia também, eu chamo de tédio. E tem mais. Eu estava entrando numa vibe de ser bastante procurado por garotas comprometidas e estava gostando disso. Nunca gostei de me envolver em relacionamentos alheios, porém estava me envolvendo. Talvez, também por isso resolvi dar um freio nesta bagunça toda. Mesmo porque eu tenho uma coisa de chamar atenção de maridos e namorados. Mesmo aqueles que não conheço, só ao ouvir falar de mim já me odeiam. Algumas garotas me dizem, naquelas conversas sem propósito que levamos quando não se vê alguém há muito tempo, elas dizem: Meu namorado te odeia. E eu sequer conheço esses namorados ou maridos. E eu sequer dei qualquer motivo para que eles me odeiem. De qualquer forma, não ficaria surpreso se um dia fosse assassinado com um tiro bem no meio dos olhos por um desses caras ciumentos. Sem motivo, simplesmente por suas garotas não foderem com eles direito. Simplesmente por suas garotas não os chuparem direito, ou por suas garotas trocarem os nomes deles pelo meu na hora da foda. Será? Soube de uma ou duas que fizeram isso, só que eu tenho tanta responsabilidade por isso quanto tenho pelo aquecimento global. Algumas pessoas me superestimam demais. Eu sou só um cara, e com tantos problemas que se soubessem provável que deixariam de notar minha existência.

Então, por isso eu não passo mais meus dias telefonando ou puxando conversa com garotas que eu mal conheço. É cansativo e desinteressante no momento. Não movo um músculo, não sem antes uma boa recompensa. Como qualquer pessoa que escreve, inevitavelmente reflito sobre o final de qualquer história antes de começá-la.



Bento.

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