Poucas coisas me fazem
mais infeliz que ter de atender um telefone. Principalmente quando o idiota que
me liga quer saber quem fala antes de se identificar. Bom, mas isso é o de
menos. Só o fato de ter de atender ao telefone já me deprime.
O que eu quero dizer é
que quando estou em casa, guardado e fazendo o que quer que seja que me agrade,
qualquer coisa que me atrapalha neste processo me irrita e ainda ter de
dialogar com alguém do qual não estou nem um pouco afim me dá vontade de matar
alguém, mesmo que seja eu.
Sabe? Eu não me
importo de ter de assassinar alguém, mas ter de atender ao telefone...
O problema é que por
vezes, o toque do telefone torna-se mais irritante do que ter de atendê-lo,
logo, minha irritação é inevitável.
Sim, claro. Eu sou um
chato. Um pé no saco do tamanho do mundo. Um insuportável de carteirinha. Eu
poderia dar aulas de como ser um filho da puta. Mas tem um porém. Como eu já
disse; eu me agrado com pequenas coisas.
Hoje por exemplo
fiquei feliz de comprar um whisky e ganhar um copo de brinde. Como sou
totalmente contra tomar whisky num copo que não seja apropriado para tal
destilado, fiquei grato.
Outro dia achei um
engradado de garrafas de cerveja e reutilizei-o para uma estante de livros e
fiquei orgulhoso com a ideia, portanto, feliz também com isso. Veja; sou um
chato, no entanto me torno um tonto por qualquer coisa. Claro que esses são
quaisquer exemplos que achei assim, do nada. Mas eu poderia citar qualquer
outra coisa, bem como uma vitória do Corinthians, um beijo escondido na escada ou
qualquer coisa do tipo.
Todavia, por ser um
chato, é claro que isso não pode vir de qualquer pessoa. Por exemplo, os beijos
escondidos na escada têm de ser de alguém no mínimo importante, caso contrário
seria só um beijo. Uma vitória do meu time sobre outro qualquer me traz
alegria, mas não mais que uma vitória num clássico. Tudo gira sobre o grau de
importância. Uma dose de um whisky qualquer não me faz tão feliz quanto uma de
Jack Daniel's. Tudo, tudo mesmo está relacionado ao que é importante para cada
um e isso é tão subjetivo quanto sentir prazer em partes incomuns do corpo. Ok.
Isso foi uma tentativa de piada que só uma pessoa irá entender, mas enfim.
Basicamente é isso.
Outro dia recebi
mensagens no celular e me enganei sobre a remetente. Foi um pouco estranho,
pois, não sabia que minha demanda estava obtendo tanto resultado assim. De
qualquer forma fora uma confusão que eu precisei de um pouco mais de minha
massa cefálica para garantir um bom prazer. Só que existe um talento natural
para esse tipo de ocasião, então não posso reclamar.
Já repararam que eu
escrevo em forma de tópicos? Bem, se não repararam, aconselho prestar mais
atenção. Afinal, que caralho que vocês estão fazendo que não conseguem reparar
nisso?
Outra coisa que eu
gosto de assuntar é sobre minhas ex. Bem, tem uma coisa de passado que me
aprisiona, porém me agrada. Mesmo que seja só para lembrar ou escrever. Uma
coisa que eu gosto sempre de deixar claro é que são todas santas e o único
errado fui eu. Claro que não é uma regra, no entanto, por que ficar
desenterrando sentimentos passados se não for para tirarmos algum humor disso?
Então eu sempre friso
que elas são perfeitas e santas e eu sou a escória de toda a situação. Porém,
numa brisa que tive outro dia comecei a juntar os pontos e tentar formar uma
garota perfeita. Logo, uma missão impossível, mas se for para teorizar sobre
qualquer coisa é melhor que seja sobre impossibilidades, caso contrário qual é
a graça?
Portanto, juntei os
pontos e como um Doutor Frankenstein formei meu monstro particular; a beleza,
as tatuagens, os cabelos e os seios da A; mais as pernas finas, barriga, e
personalidade da B; claro que um relacionamento não pode ser feito apenas de
verdades, então desejaria a falta de talento de mentir da C, pois assim eu
estaria sempre à frente e por fim adicionei a boa vontade, sexualmente falando,
da T. Depois disso, perdi um pouco mais
de tempo imaginando como seria este monstro criado por mim e cheguei à
conclusão que seria um Bento sem pênis, com seios e mentiras, é claro.
Portanto, um ser perfeito para que eu pudesse me relacionar, porém, como toda
perfeição, seria um tédio do tamanho do mundo. Então eu seria um péssimo médico
louco. Melhor continuar escrevendo.
Bento.
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