Eu estou no segundo copo de whisky e tenho escrito algumas
coisas um tanto fortes para o perfil das pessoas que leem o que escrevo. Eu não
me importo, pois mais prazer que ter pessoas lendo o que eu escrevo eu tenho
quando escrevo o que eu quero então foda-se. Esse whisky que eu tomo hoje eu
ganhei de uma garota, e uma vez ou outra eu ganho esses tipos de agrados. Além,
claro, dos agrados sexuais. E tenho de dizer que uma garrafa de Jack é sempre
um bom presente a se receber.
Digo isso pois tenho alguns vícios que vocês já devem
conhecer todos muito bem. Logo, dentre tantas discussões medíocres por aí sobre
política e a porra toda, ao invés de ir ao bar eu prefiro ficar em casa tomando
grandes goles de Jack e mantê-lo na boca por alguns segundos até sentir todo
seu sabor.
Houve um tempo que passei a odiar calcinhas. Não sei dizer
ao certo de onde veio isso, mas era só ver uma garota no meu quarto, começarmos
a nos beijar, o sexo pedindo passagem e eu imediatamente arrumava um jeito de
tirar a calça da garota com calcinha e tudo para que não tivesse que olhá-las.
Calcinhas feias, bonitas, grandes ou pequenas, renda ou algodão. Eu só odiava
calcinhas. Perdia um terço do meu tesão caso me deparasse com elas. Eu nunca
gostei de lingerie vermelha - isso também não é segredo - mas nesta época eu
não gostava de calcinha nenhuma. De nenhuma cor. Só de ouvir uma música do
Wando eu já ficava enjoado imaginando um mundaréu de calcinhas em cima de mim.
Era complicado e nada saudável. As calcinhas penduradas nos varais dos vizinhos
faziam meu corpo se contrair. Bem, dito isso, deixo claro aqui que um dos meus
vícios, dentre tantos, é o sexo com garotas e de preferência magrelas e
tatuadas, e não é nada - nada mesmo - saudável ter asco de calcinhas quando se
está todo fim de semana bebendo, fumando e baixando calças junto com calcinhas
para que não às veja. Uma hora ou outra o truque falha. Um viciado em sexo com
asco de calcinhas é como uma vaca com alergia a lactose. Não faz muito sentido.
De qualquer forma, assim como veio passou esse negócio das calcinhas.
Não muito depois disso eu comecei a trocar as garotas
magrelas e peitos grandes por garotas de peitos pequenos e bundas enormes. O
que vai contra tudo o que eu prezo numa garota. Mesmo assim troquei todas. Até
aquelas que iam até minha casa regularmente eu deixei de lado, pedi espaço,
aquela coisa de homem de precisar respirar ares novos, precisar de um tempo só.
Como eu escrevo, para algumas garotas eu dizia que precisava focar mais na escrita,
pois estava relaxado, perdendo a mão. Curioso é que esta desculpa foi a que
teve mais aceitação. As garotas diziam: Ok, amor. Me manda um texto para eu
ler.
- Certeza que mando. Eu respondia.
Então comecei a procurar as bundas enormes por bares e conhecidas
que eu não reparava por não se tratarem do estereotipo que até então admitia.
Tudo transcorreu perfeitamente bem. Conheci belas bundas. Brancas, negras,
bundas grandes, muito grandes e as gigantes e desproporcionais. Bundas que
batiam nas minhas coxas de tão grande quando colocadas por cima para
trabalharem. Nesta época eu percebi que eu não ligava tanto para a beleza dos
rostos - vejam que heresia - afinal, eram as bundas que eu olhava. Ter uma
grande bunda nas mãos e não aproveitá-las da melhor maneira possível é
estupidez. Para quem gosta de tamanho as brancas são as melhores, pois
aparentam ser bem maiores, só que tudo é uma questão de ótica.
Então essa fase das bundas também passou e eu voltei às
magrelas. Nunca me decepcionei com garotas ossudas. A flexibilidade, a
agilidade, a safadeza...
Tem uma coisa também e isso parte mais de uma
particularidade que qualquer outra coisa. As melhores transas da minha vida
foram com magrelas. E muita gente acha que eu critico as gordas pelo simples
fato de nunca ter tido uma boa transa com uma gorda e eu respondo: É verdade.
Mas não é isso. Entendo eu que gordas são gordas e que essas mesmas gordas têm
um desejo imenso de serem magras e não conseguem. Eu entendo isso. O que eu não
entendo é essa mania das gordas de tentarem nos convencer de que estão bem
sendo gordas e que nós homens é que somos uns fúteis por preferirmos beleza e
magreza e não nos importarmos com - muita atenção para o termo que eu usarei
agora - "beleza interior". Como se as gordas fossem melhores que as
magras só pelo fato de serem gordas. Como se nossos neurônios estivessem
ligados à quantidade de banha que temos em nossos corpos. É só pra mim que soa
arrogante uma pessoa achar que é mais inteligente que todas as outras que são
mais atraentes sexualmente que ela? É visível só pra mim que o mesmo
preconceito que as gordas dizem sofrer elas têm com as garotas magras?
Bem, sinto em dizer - mentira, não sinto - mas eu prefiro as
magras, pois é bem mais fácil ensinar uma equação matemática à um macaco que
convencer um elefante a parar de comer.
Então eu tenho essa insistência com gordas e muita gente diz
que vou acabar terminando meus dias ao lado de uma obesa. Pode até acontecer,
contudo isso é tão possível quanto eu acabar casando com um saco de berinjela,
pois eu não gosto tanto quanto.
Eu também falo uma porção de coisas sobre os religiosos e
por incrível que pareça esses enchem menos o meu saco com essas crises de
hipocrisia. Esses são hipócritas só com a vida e o mundo, comigo nem tanto. Mas
é bem capaz - segundo diz a lenda - que eu casarei com um saco de berinjelas,
morrerei esmagado por uma gorda e partirei sem escalas para o inferno, deixando
órfãos duas ou três crianças berinjelas, afinal também não suporto criança.
Isso, claro, se nenhuma gorda aparecer para comer meus filhos.
Bento.
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