sexta-feira, 3 de agosto de 2012

NÃO É ÓDIO, É PRAZER


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Existe a incompatibilidade de gênios que deriva das situações mais estranhas possíveis. Pode ser qualquer um, vizinho, colega de trabalho ou faculdade, ou parente. Tanta incompatibilidade que se por um acaso, alguém que se enquadra nisso estiver passeando na rua, assim como quem não quer nada, feliz da vida de assoviar, passeando e de repente um caminhão enorme o acerta em cheio, no meio da rua enquanto atravessava e o caminhão esmaga-o espalhando órgãos por toda a via como se fosse um festival da carne. Tripas, rins, fígado, intestinos, todos pendurados nos fios elétricos, colados nas vitrines das lojas e menus dos restaurantes. Tudo como se fosse uma feijoada crua self-service. Acredito que se houvesse uma incompatibilidade de gênio você nem ficaria tão triste, duvido que gerasse mais que um comentário no seu dia "você não sabe quem morreu...", não mudaria em nada sua vida.

 É assim que eu me sinto com a grande maioria das pessoas que estão a minha volta. Não vou aqui premeditar qualquer desculpa ou autodefesa, pois sei que essas pessoas estão cagando para isso, apesar de um número mínimo de dois ou três idiotas que ficarão melindrados com a sinceridade.

Também não vou me eximir de culpa, afinal, isso se deve a um pequeno trauma de personalidade causado exatamente por outras pessoas que deveriam ser atingidas por raios, tendo assim seus corpos incinerados instantaneamente, fazendo um grande churrasco a céu aberto, os dedos colados pela pele derretida devido ao calor e seus olhos arremessados em cima dos passantes ocupados demais para notar retinas voadoras vindo em sua direção.

Você não será uma pessoa má por ter pensamentos assim, muito menos atrair coisas ruins para você. O que vai te fazer um mal danado é tentar enganar-se e insistir numa simpatia que não agrada nem você, nem o odioso.
Guardar os sentimentos é o que faz surgir os psicopatas. Pensar em fazer não é pecado. Errado é fingir que deseja o bem para pessoas que só querem massagear seu reto da maneira mais sacana possível.

Sei que parece um tanto grosseiro, mas não me entenda mal, não é desejo, é uma constatação, pode acontecer com todo mundo. Se por acaso acontecer com alguém que eu não tenha tanta afetividade assim, seria interessante.

Também não vou dizer que isso trata-se de ódio explícito, é mais como tédio, uma monotonia tamanha que precisa de vez em quando de uma distração para tornar o dia-a-dia mais tragável.

Alguém aí tem um caminhão?


Bento.

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