-
Existe a
incompatibilidade de gênios que deriva das situações mais estranhas possíveis.
Pode ser qualquer um, vizinho, colega de trabalho ou faculdade, ou parente.
Tanta incompatibilidade que se por um acaso, alguém que se enquadra nisso
estiver passeando na rua, assim como quem não quer nada, feliz da vida de
assoviar, passeando e de repente um caminhão enorme o acerta em cheio, no meio
da rua enquanto atravessava e o caminhão esmaga-o espalhando órgãos por toda a
via como se fosse um festival da carne. Tripas, rins, fígado, intestinos, todos
pendurados nos fios elétricos, colados nas vitrines das lojas e menus dos
restaurantes. Tudo como se fosse uma feijoada crua self-service. Acredito que
se houvesse uma incompatibilidade de gênio você nem ficaria tão triste, duvido
que gerasse mais que um comentário no seu dia "você não sabe quem morreu...", não mudaria em nada sua vida.
É assim que eu me sinto com a grande maioria
das pessoas que estão a minha volta. Não vou aqui premeditar qualquer desculpa
ou autodefesa, pois sei que essas pessoas estão cagando para isso, apesar de um
número mínimo de dois ou três idiotas que ficarão melindrados com a
sinceridade.
Também não vou me
eximir de culpa, afinal, isso se deve a um pequeno trauma de personalidade
causado exatamente por outras pessoas que deveriam ser atingidas por raios,
tendo assim seus corpos incinerados instantaneamente, fazendo um grande
churrasco a céu aberto, os dedos colados pela pele derretida devido ao calor e
seus olhos arremessados em cima dos passantes ocupados demais para notar
retinas voadoras vindo em sua direção.
Você não será uma
pessoa má por ter pensamentos assim, muito menos atrair coisas ruins para você.
O que vai te fazer um mal danado é tentar enganar-se e insistir numa simpatia que
não agrada nem você, nem o odioso.
Guardar os sentimentos
é o que faz surgir os psicopatas. Pensar em fazer não é pecado. Errado é fingir
que deseja o bem para pessoas que só querem massagear seu reto da maneira mais
sacana possível.
Sei que parece um
tanto grosseiro, mas não me entenda mal, não é desejo, é uma constatação, pode
acontecer com todo mundo. Se por acaso acontecer com alguém que eu não tenha tanta
afetividade assim, seria interessante.
Também não vou dizer
que isso trata-se de ódio explícito, é mais como tédio, uma monotonia tamanha
que precisa de vez em quando de uma distração para tornar o dia-a-dia mais tragável.
Alguém aí tem um
caminhão?
Bento.
-
Nenhum comentário:
Postar um comentário